Cabo Verde
banner

História de Cabo Verde

A história de um país que conquistou a independência

Até à chegada dos Portugueses, as ilhas de Cabo Verde eram desabitadas.

Devido à sua posição geográfica, o arquipélago tornou-se um ponto crucial de ligação entre a Europa, o continente Africano e as Américas, ganhando destaque no panorama comercial entre os séculos XV e XVIII.

Com a abolição da escravidão e a perda de relevância nas rotas comerciais, os anos subsequentes foram repletos de desafios, agravados por intensas secas.

A resilência insular prevaleceu, conquistou a independência e hoje Cabo Verde é o quarto país africano com o mais alto Índice de Desenvolvimento Humano.

1-historia-cabo-verde.jpg

Os primeiros anos e a herança colonial

A História marca 1460 como o ano da descoberta das ilhas de Cabo Verde, pelo português Diogo Gomes e o genovês António da Noli, a mando do Infante D. Henrique, operário do expansionismo português, que servia o rei de Portugal, D. Afonso V.

As primeiras ilhas encontradas foram:

  • São Cristóvão (Boa Vista),
  • Lhana (Sal),
  • São Jacob (Santiago),
  • São Filipe (Fogo) e
  • Maias (Maio)

Descobertas entre 1461 e 1462, foram as ilhas de:

  • Santo Antão,
  • S. Vicente,
  • S. Nicolau,
  • Santa Luzia e
  • S. João (Brava)

Apesar de alguns escritos darem conta da passagem de fenícios, mouros e africanos, até à chegada dos portuguesas, Cabo Verde era um arquipélago desabitado, não se encontrando nele "senão pombos e aves de estranhas sortes, e grande pescaria de peixe".

Em 1462 começou o povoamento de Santiago, sendo a Ribeira Grande - atualmente Cidade Velha -, a capital na época e a primeira cidade europeia fundada na África Ocidental.

Boa Vista, Maio e Fogo foram povoadas em 1490. São Nicolau e Brava habitadas no século XVII, São Vicente no século XVIII e o Sal no século XIX.

As ilhas foram colonizadas por portugueses e escravos oriundos da costa oeste de África, de regiões que hoje são o Senegal, Guiné-Bissau, República da Guiné e a Serra Leoa.

O arquipélago cedo se revelou um ponto estratégico de abastecimento para as rotas que ligavam a Europa a África, América e Brasil. Nos dois séculos seguintes, assumiu-se como um importante entreposto comercial, com particular destaque no tráfego de escravos.

Os primeiros anos e a herança colonial

Cabo Verde afirma-se com um entreposto comercial

A importância e riqueza de Cabo Verde cresceu.

A Coroa portuguesa recebia impostos por cada embarcação que atracava na costa africana, uma comissão na venda de cada escravo em Cabo Verde e vendia os direitos de exploração da escravatura a empreendedores privados.

Os produtos fabricados na Europa eram trocados por escravos, tendo sido vendidos dezenas de milhares de homens, mulheres e crianças às plantações do Novo Mundo, em troca das matérias-primas ali produzidas.

O arquipélago prosperou como centro de comércio de armas de fogo, rum, tecidos e outros produtos, em troca de escravos, ouro e marfim.

Não tardou para que o monopólio português fosse ameaçado por outros europeus interessados na expansão marítima e no enfraquecimento da economia portuguesa.

Os ataques à Ribeira Grande tornaram-se frequentes, obrigando a transferência da capital para a cidade da Praia.

A partir do século XVII, a França, a Holanda e a Inglaterra ganham peso no comércio mundial, expulsando Portugal do continente africano.

Com a perda de domínio na região e a abolição da escravatura, a fragilidade do arquipélago tornou-se evidente, revelando uma economia pobre e de subsistência.

Mais tarde, em 1800, o arquipélago sofreu com duras secas, fome, corrupção e má administração.

Começaram os primeiros movimentos migratórios dos cabo-verdianos mais pobres, que fugindo à seca e à fome, para o sul para trabalhar como trabalhadores agrícolas colhendo bananas e grãos de cacau em São Tomé e Príncipe, ou dedicavam-se ao trabalho marítimo em navios baleeiros, rumo aos Estados Unidos da América.

Da luta pela independência até à liberdade

Em 1951, Cabo Verde passou a província ultramarina.

Dez anos depois os seus habitantes receberam, oficialmente, a cidadania portuguesa.

Pela mesma altura, sentindo que Lisboa negligenciava as colónias, começou a surgir um movimento pela independência de Cabo Verde, potenciado por um grupo de intelectuais.

Neste propósito, destacou-se o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), fundado em Bissau, em 1956, por Amílcar Cabral, Aristides Pereira e Luís Cabral.

O grupo lutava contra a "deplorável política ultramarina portuguesa" e desejava a libertação do domínio lusitano, com um processo pacífico.

Em 1963, o PAIGC avançou para a luta armada na Guiné.

Em setembro de 1973, a Guiné-Bissau declarou a independência, impulsionando um movimento que, no ano seguinte, levou ao golpe de Estado em Portugal, libertando o país de 40 anos de ditadura e permitindo a autonomia de outras colónias.

A 19 de dezembro de 1974, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde e o Estado português assinaram o acordo para um governo de transição no arquipélago.

A independência foi declarada a 5 de julho de 1975, com Aristides Pereira, o secretário-geral do PAIGC, e Pedro Pires, comandante, como presidente e primeiro-ministro.

Em 1991, realizaram-se as primeiras eleições multipartidárias, indo a votos o Partido Africano para a Independência de Cabo Verde e o Movimento para a Democracia, tendo ganho este último.

Atualmente, Cabo Verde é o quarto país africano com o maior IDH e, até hoje, é um dos governos mais democráticos de África.

Da luta pela independência até à liberdade
explore

Explore cabo verde

Sol e praia, trilhos de montanha, paisagens de uma natureza que tão facilmente brota por todo o lado e uma riqueza de costumes e tradições que não se traduz em preço algum: Cabo Verde é um paraíso que descansa à beira-mar.

Com a morabeza das gentes e a magia que só se encontra em Ilhas de sol e mar, este país-arquipélago é um universo de experiências a descobrir.

Os sabores, os cheiros e as cores entranham-se nas memórias e aqui sente-se na pele o morno da brisa e o doce da vida.

PLANEAR A VIAGEM

Conhecer um novo país é sinónimo de aventuras. Uma cultura diferente, com leis próprias, costumes, gostos e peculiaridades distintas de qualquer outra parte do mundo.

Ao preparar a viagem com antecedência pode poupar alguns desafios.

Concentramos aqui as principais dúvidas dos viajantes e algumas dicas para que conheça o país sem sobressaltos.

COVID-19
COVID-19

COVID-19

Visto e Imigração
Visto e Imigração

Visto e Imigração

Moeda e Custos
Moeda e Custos

Moeda e Custos

Voos e Aeroportos
Voos e Aeroportos

Voos e Aeroportos

Cuidados de Saúde
Cuidados de Saúde

Cuidados de Saúde

Perguntas Frequentes sobre Viagens para Cabo Verde
Perguntas Frequentes sobre Viagens para Cabo Verde

Perguntas Frequentes sobre Viagens para Cabo Verde

newsletter

Newsletter

Subscreva a nossa newsletter e descubra experiências e eventos surpreendentes