Geografia e Geologia
Há milhões de anos, uma dezena de ilhas vulcânicas surgiram ao largo de África. O terreno varia entre as ilhas a Este, mais antigas, planas e arenosas, e as ilhas a Oeste, mais novas e montanhosas, rochosas e irregulares. Para prevenir a acentuada perda de solo pela erosão hídrica e eólica, está em curso, desde a independência, um plano de reflorestação das ilhas. Com um clima árido e semiárido, temperaturas moderadas todo o ano, mas poucos cursos de águas, as ilhas vivem com secas frequentes, escassez de água e chuvas torrenciais ocasionais. O Vulcão do Fogo e os parques naturais são visitas obrigatórias para melhor entender estas ilhas.
História
O arquipélago cabo verdiano estava desabitado, tendo sido descoberto, em 1460, por exploradores portugueses, ao serviço do Rei D. Afonso V. Dois anos depois iniciou-se o povoamento. Durante séculos, as ilhas destacaram-se, pela sua posição geográfica, como um importante centro comercial, de abastecimento e tráfego de escravos para as rotas que ligavam o continente europeu a África, ao Brasil e América do Norte. O domínio português manteve-se até ao século XX, quando a distância geográfica e administrava se tornou penosa para os cabo verdianos. Na ilha de Santiago, a Cidade Velha, primeira capital do arquipélago, é um ponto importante para saber mais sobre a História cabo-verdiana.
Pessoas e Cultura
Os cabo-verdianos têm ascendência mista, de africanos, portugueses, italianos, franceses, espanhóis e judeus. Os cinco séculos de colonialismo português marcaram profundamente as ilhas, mas as tradições africanas e a identidade crioula está bem presente. A cultura do país é uma mistura única das suas raízes europeias e africanas, algo que é particularmente notório na produção artística de Cabo Verde, seja literária ou musical. E a música é permanente. A alegria corre as ruas, alimenta os dias de quem cá vive e enche os corações dos que visitam o arquipélago e não mais esquecem o bater das mornas, do funaná e do batuque, da mazurca e das coladeras.